ESTÃO FALANDO DE NÓS...

A FANTÁSTICA HISTÓRIA E ARTE DOS BRINQUEDOS DE FAROESTE

Eu nasci em 1976, e o gênero Faroeste já estava em sua fase de "declínio" - mas, mesmo assim, pude curtir, até os meus 10 anos, muitos filmes de "Western" nas sessões da tarde da vida (assim como reprises de Jerry Lewis e Tarzan, mas isso é outra história). Tive meu revólver e cartucheira de brinquedo, um estupendo Forte Apache (da coleção Playmobil, que, diga-se, é muito melhor que a Lego - mas isso também é outra história), além de inúmeros "cowboys" e apaches, que foram se perdendo ao longo dos anos.
Hoje, a molecada tem Internet, videogames ultra-realistas, Cartoon Network, McLanche Feliz, bonecos com 80 pontos de articulação - mas a infância perdeu duas coisas essenciais: inocência e simplicidade. E veja que não sou tão velho, tenho 30 anos quase completos; mas não posso deixar de dizer que a minha infância foi melhor que a de hoje e, quando meu querido pai falava de seus tempos de moleque, ficava evidente que a infância dele foi muito melhor do que a minha - justamente porque, nos "tempos dele", havia muito, mas muito mais inocência e simplicidade no mundo do que nos "meus tempos".
Enfim, estou aqui tagarelando como um velho apenas para anunciar uma tardia, porém deliciosa descoberta: o site 'Brinquedos de Faroeste', de Marcos Guazzelli. Neste estupendo espaço virtual, de visual elegante e textos claros, Marcos, com a ajuda de vários colaboradores, destrincha a saga dos brinquedos de "Western" no Brasil - desde o início, em 1964, com a Casablanca, uma antecessora da Gulliver, até os dias de hoje. É para se aplaudir de pé a obstinação digna de um arqueológo que esses senhores possuem, para descobrir e concatenar fatos que um país sem memória - e sem a tradição para o colecionismo - como o Brasil não fez a mínima questão de guardar. Ora, se nem obras raras tem sua adequada proteção nas bibliotecas públicas destas terras sem lei, imagine então como são tratadas acalentadoras memórias de infância, consideradas de "menor importância" - algo que evidentemente não são.
Aos internautas com mais de 30 anos, recomendo a visita a este site, para reavivar lembranças emocionantes que vão aquecer, com certeza, seus corações. Aos menores de 30, também recomendo a visita - pois conhecerão não apenas a saga de um gênero que encantou a infância de seus "velhos", como também um período em que os brinquedos possuíam algo que os exemplares de hoje definitivamente não tem: singeleza.
>> Para conferir o site 'Brinquedos de Faroeste', basta clicar www.brinquedos.faroeste.nom.br

Em nome dos autores dos textos publicados no “Brinquedos de Faroeste” agradeço as palavras apresentadas acima. Fico contente pelo site estar cumprindo seus objetivos.

Marcos Guazzelli